Eu liguei te, não de livre vontade, mas de preocupação,
preocupação porque eu sei que a tua vida familiar não anda bem e porque tens me
pedido para te ligar e eu com toda a minha ingenuidade pensei que precisasses
de desabafar.
Eu liguei te, estavas em outra chamada eu desliguei e nesse
milésimo de segundo veio uma onda de arrependimento, de desgosto e ate de
aflição. Passado uns minutos tu ligas me nesse momento o coração parou, talvez
um sorriso despertou e o stress tomou conta de mim, eu tremia por todos os
lados, mas atendi, atendi e falamos durante uns minutos, foi bom, gostei de
falar contigo sem ser para nos ofender ou ate mesmo recordar um pouco do nosso
passado como tu fizeste questão. Sei que provavelmente sabes que não és
completamente indiferente para mim talvez seja a maneira que olho, o quanto
fico vermelha quando falamos ou a maneira que me engasgo a falar contigo por
causa do nervosismo.
Não sei porque ainda me fazes sentir assim porque aliás eu
acho que não te amo, mas eu não sei, sinceramente eu não sei. Eu nem sei a
definição possível para dar ao amor, e aposto que ninguém sabe porque apenas se
sente não se pensa, não há explicação possível nem impossível é só algo
inexplicavelmente estranho.
O amor faz nos doer, faz nos rir ou ate mesmo faz nos
morrer. Não em corpo, mas dentro de nós ele mata nos. Tu matas te me. Não uma
vez nem duas, mas si durante tudo este tempo, desde o nosso primeiro encontro
ate hoje e ate daqui para a frente. Ate nos momentos bons matas te me.
Quero que saias da cabeça, e se ainda estiveres no coração
eu estou pronta para me deixares, eu quero viver sem ter as nossas recordações,
quero esquecer tudo o que aconteceu entre nós, até as coisas boas. Pois essas
fazem me querer voltar, querer querer-te e no final de contas eu não posso
querer-te.
Eu não posso nem quero, ou quero? Incerteza me rodeia, um
misto de coisas aleatórias assombram me não só a mente, mas o corpo. Eu quero
ser livre de ti e de mim. Quero que me deixes viver e ser feliz. Mas não deixas
porque tu voltas sempre nem que seja só para me lembrar da tua existência
quando a mesma esta quase a sair de mim.
Tu perdes te me. E acho que sabes isso melhor que ninguém, e
melhor que ninguém sabes que eu amei te muito.
Só te quero pedir para não me falares mais, para sermos
meros desconhecidos e para não me lembrares mais do passado nem da tua mera existência.
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